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Por que o Método Sinclair não é mais conhecido?

  • Foto do escritor: Marcelo Lopes
    Marcelo Lopes
  • 16 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de abr. de 2024

Se o Método Sinclair é tão eficaz, deve vir à sua cabeça por que muitas pessoas, inclusive médicos, ainda não o conhecem. Existem vários motivos e neste textos vamos olhar por diferentes perspectivas o que está por trás disso.


Interesses econômicos

Um dos principais motivos é o impacto dos interesses econômicos. Existe toda uma indústria em torno do tratamento do alcoolismo, com negócios lucrativos e muitos empregos envolvidos. Geralmente, o tratamento convencional começa com a desintoxicação, que é uma etapa cara que pode incluir internações prolongadas. Além disso, essa abordagem abrupta pode ser perigosa se não forem utilizados outros medicamentos de apoio, o que pode levar até mesmo ao vício nesses remédios.


Infelizmente, mesmo depois de passar por todo esse processo difícil e investimento financeiro, 90% dos pacientes acabam retornando ao consumo de álcool.


Por outro lado, o Método Sinclair oferece uma abordagem menos abrupta, não exigindo a desintoxicação inicial e evitando a necessidade de internações. Além de ser mais acessível em termos financeiros, esse método não causa o constrangimento social das internações nem os prejuízos nas relações sociais e no emprego, já que não é necessário se afastar da rotina por um longo período.


Outro fator é que, por conta de a Natrexona ser uma medicamento já genérico, cuja patente já expirou para a indústria farmacêutica criadora, não existe o interesse em grandes investimentos para divulgar o remédio e um tratamento do alcoolismo associado a ele.


Excesso de informações

Outro fator que contribui para a falta de popularidade do Método Sinclair é o excesso de informações sobre os tratamentos para o alcoolismo. Existem diversas opções de tratamento, resultantes de pesquisas científicas ou enraizadas na cultura popular, o que dificulta encontrar informações específicas sobre o Método Sinclair. Esse desconhecimento também se estende aos médicos, especialmente no Brasil, onde muitos profissionais ainda não estão familiarizados com esse método.


Receio com a Naltrexona

Um motivo adicional é a preocupação com os possíveis danos hepáticos causados pela Naltrexona, o que deixa os médicos relutantes em prescrevê-la. No entanto, observou-se que esses danos ocorrem apenas em doses superiores superiores a 300mg, o que é muito maior do que a dose usada no Método Sinclair (50 mg).


Mudança de paradigmas

O Método Sinclair desafia o paradigma comum nos tratamentos do alcoolismo, que defende a abstinência total. Durante muito tempo, acredita-se que o consumo de álcool é uma escolha racional e que as pessoas têm sempre o poder de escolher entre beber ou não, bastando apenas força de vontade para dizer "não" e optar pela abstinência.


Caso o paciente não tenha sucesso nessa abordagem, a suposição é que houve uma falta de vontade ou uma falha de caráter. Nesses casos, medicamentos como o Dissulfiram são prescritos para causar reações adversas e evitar o consumo de álcool.


No entanto, novas pesquisas científicas demonstram que o alcoolismo é um comportamento aprendido e, portanto, requer um tratamento que auxilie na desaprendizagem desse comportamento, como é o caso do Método Sinclair.


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