Como saber se sou alcoólatra?

Por acaso, essa pergunta já veio à sua cabeça? Reconhecer os sinais de um possível problema com o álcool é o primeiro passo para buscar ajuda e iniciar o processo de recuperação.

Antes de continuar, vale destacar que o termo “alcoólatra” tem sido criticado por conta da origem da palavra, sugerindo fraqueza e falta de controle. Por isso, muitos preferem usar o termo “alcoolista” para reconhecer o alcoolismo como uma doença ou “alcoólico”, como no caso do Alcoólicos Anônimos (AA). Por outro lado, algumas pessoas não se sentem confortáveis com nenhum desses termos devido ao peso negativo do estigma.

No fim das contas, o rótulo não importa tanto quanto a capacidade de reconhecer se o consumo de álcool tem sido abusivo e prejudicial à qualidade de vida da pessoa.

O que seria o consumo moderado de álcool?

Existem diferentes definições para o que seria o consumo moderado de álcool. De acordo com o NIAAA - Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo dos Estados Unidos, uma dose padrão é equivalente a 14g de etanol puro. Recomenda-se que as mulheres limitem seu consumo a uma dose por dia, enquanto os homens podem consumir até duas doses por dia.

Na prática, isso significa que as mulheres podem consumir aproximadamente uma lata de cerveja (350 ml), uma taça de vinho (150 ml) ou uma dose de destilado (45 ml) por dia. Já os homens têm o dobro dessa quantidade como limite. No entanto, é importante ressaltar que essas são apenas aproximações, uma vez que cada pessoa reage de maneira diferente ao álcool.

É importante lembrar que há situações em que o consumo de álcool é absolutamente proibido. Isso inclui menores de 18 anos, mulheres grávidas, e aqueles que pretendem dirigir.

Como saber se o álcool virou um problema?

Identificar pode ser difícil, mas existem alguns sinais:

• Padrão de consumo prejudicial: beber sozinho, usar o álcool para lidar com emoções negativas, dificuldade em parar de beber, necessidade de álcool pela manhã, tentativas fracassadas de ficar sem beber, substituição de bebidas e incapacidade de controlar o consumo.

• Impacto nas áreas da vida: faltar ao trabalho, ter problemas profissionais ou acadêmicos, receber críticas sobre o consumo de álcool, afastar-se de familiares e amigos, evitar eventos sociais, perder relacionamentos e tornar-se agressivo quando bebe.

• Alterações na saúde: elevação de glicose, colesterol e triglicerídeos, problemas no fígado, pressão arterial alta, perda de apetite, disfunção sexual, problemas de memória relacionados ao álcool e tolerância crescente.

• Percepção de prejuízos: reconhecer que o álcool prejudica a vida familiar e profissional, sentir inveja de quem controla o consumo, observar piora nos problemas causados pelo álcool, desejar uma vida sem álcool e sentir culpa pelo padrão de consumo.

• Sintomas de abstinência: náuseas, vômitos, suor excessivo, tremores, taquicardia, delírios e alucinações ao ficar sem beber, ansiedade, irritabilidade, depressão ou agressividade, e a necessidade de continuar bebendo para evitar esses sintomas.

Se você identificar alguns desses sinais em sua vida, é importante buscar ajuda profissional para avaliar a situação e receber o suporte necessário.

E agora? Conheça o Método Sinclair!

Se você acredita que o álcool se tornou um problema na sua vida, buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim de coragem e desejo de melhorar a sua qualidade de vida.

Uma opção de tratamento que tem sido eficaz para muitas pessoas é o Método Sinclair. Esse método utiliza a Naltrexona, um medicamento que ajuda a reduzir o desejo compulsivo pelo álcool e a recuperar o controle sobre o consumo. Esse tratamento funciona tanto para quem quer parar de beber completamente ou simplesmente reduzir o consumo de álcool.

Um profissional de saúde especializado poderá avaliar a sua situação individualmente, oferecer orientação adequada e fornecer o suporte necessário.

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